TAL PAI TAL FILHO
O Honório e eu sempre tivemos uma preocupação muito grande com a formação cultural dos nossos filhos.
Queríamos que eles crescessem gostando de ler, e aprendessem sempre que “a gente vale é o que tem na cabeça, e não o que tem no bolso” Isso daria a eles um objetivo na vida.
E quem tem objetivo e sabe pensar sozinho, tem chance menor de errar.
A pessoa que lê, passa a ter uma visão critica do mundo. Aprende que existe o certo e o errado, e que: o que é certo para alguns às vezes não é certo pra você.
Ler é uma das formas de aprender a pensar sozinho.
Mas como habituar os nossos filhos a ler?
Nós dois liamos muito, mas sempre tivemos interesses diversos no que liamos, e não sabíamos qual seria o gosto literário de cada um.
A primeira iniciativa nossa, foi dar um livro em todas as ocasiões que mereciam presente.
Aniversário, natal, lembrança de viagens...
Vinha um brinquedo, é lógico; mas junto, vinha um livro.
Muitas vezes, eles nem folheavam. A gente deixava ali, junto com os brinquedos por um tempo depois guardava na estante.
Quando ficaram maiorzinhos, percebemos que adoravam esportes (como o pai).
Pronto! Achamos o caminho para a leitura cotidiana. Todas as vezes que o Honório achava uma noticia de esporte nas revistas ou nos jornais, mostrava e comentava. . E é logico que eles queriam saber mais; e liam!!
Quando foram ficando maiores, fomos percebendo que cada um gostava de um tipo de leitura. O Stenio é apaixonado por historia. A Fabiola gosta muito de ação e de livros que falem dos costumes das civilizações.
E o mais interessante é que a gente se habituou tanto a trazer livros, que até hoje não sabemos viajar sem trazer um livro para cada um.
Agora...
Restou disso tudo um habito ótimo a meu favor. Os livros são lidos e colocados na “minha” biblioteca, que é para mim, quase como que um santuário. Com isso ela vai crescendo...os livros aumentando...
Quando meus netos chegarem vou fazer uma reforma na minha biblioteca (já deixei um cantinho sem estantes para isso). Vou fazer lá uma brinquedoteca. Assim, eles também crescerão sabendo distinguir por conta própria o que querem e o que não querem para eles. Crescerão com autoestima, porque a leitura os ensinará que como dizia Sócrates: “O maior sábio é aquele que sabe que não sabe”.